Alnilan

Minha segunda estrela tão medonha

Escolheu ficar bem no centro, mas

Prefere amar ao longe e tanto sonha

Em mostrar-se soturna e mui sagaz.

Sinto um quebranto apavorado e triste,

Pois amor maior não há... tanto insiste

Em provocar! Que tanto existe mar,

Se o mar é só pedaço em teu luar?

Estás volátil pelo espaço dalva

E tudo em mim é tátil, mesmo a calva

Beleza lunar, tão calma e intangível.

Aceito tal indômita paixão

Por teu brilho fantástico e indizível

Que serei sempre em tudo gratidão.

* da série de Sonetos (As Musas do Cinturão de Órion)

Paulinho Parada
Enviado por Paulinho Parada em 04/03/2009
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