Silêncio da Madrugada
Silêncio da Madrugada
O silêncio da noite compactua generoso
Abrigando dois amantes sedentos de paixão
Que escarnecem do destino caprichoso
Tornando cada encontro uma tentação.
Horas de amor num recinto luxuoso
Às vezes, num quarto simples, sem colchão
Nada importa se o que sentem é grandioso
Se é ilícito, desconhece por certo o coração.
Como selvagens se amam sem trégua, sem paz
Redescobrem em seus corpos, outros pontos vulneráveis
Satisfazem a ânsia contida que o desejo traz...
A despedida é no prenúncio da alvorada
Amam-se outra vez, outras noites serão incontáveis
Serão um só, noutro silêncio da madrugada.
Norma Bárbara