O VELHO NO ESPELHO
O VELHO NO ESPELHO
Eu olho-me no espelho e vejo quanto
O rosto que aparece à minha frente
Está tão deformado, diferente,
Que me causa tristeza. E... desencanto,
Pois noto em mim o tempo impaciente,
Voraz, me destruindo tanto, tanto,
Que fico a lastimar. E até me espanto.
E, por isso, me torno até descrente.
Creio somente que estou parecido,
Assim, bem acabado e envelhecido,
Com uma coisa, quem sabe, pelo avesso.
E revoltado por ter vindo ao mundo,
Sentindo um desamor por mim profundo,
Pergunto se é isto mesmo que eu mereço?
.
O VELHO NO ESPELHO
Eu olho-me no espelho e vejo quanto
O rosto que aparece à minha frente
Está tão deformado, diferente,
Que me causa tristeza. E... desencanto,
Pois noto em mim o tempo impaciente,
Voraz, me destruindo tanto, tanto,
Que fico a lastimar. E até me espanto.
E, por isso, me torno até descrente.
Creio somente que estou parecido,
Assim, bem acabado e envelhecido,
Com uma coisa, quem sabe, pelo avesso.
E revoltado por ter vindo ao mundo,
Sentindo um desamor por mim profundo,
Pergunto se é isto mesmo que eu mereço?
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