SONETO TRISTE
SONETO TRISTE
Sônia Sobreira
O meu soneto é triste e amargurado,
cheio de dores e desilusões,
entre suas rimas há um tom magoado
que se entrelaçam nas recordações.
Velho desgosto volta do passado,
bem mais antigo que antigos lampiões,
se achega a mim, em passo compassado
e a lamentar, revive as emoções.
O meu soneto é névoa que flutua,
entre as estrelas e o clarão da lua,
como um fantasma que não tem guarida.
É o esbravejar da vaga sobre a areia,
que se esparrama como quem vagueia,
a procurar doce ilusão perdida!