QUERIDA NOITE
 
Minha querida Noite quanto anseio,
Pra ti eu revelei sem nenhum medo?
Chorei e ninguém soube esse segredo,
Só ti amada Noite, a mim me veio...
 
Assim, achava, então, sempre algum meio,
De receber-te amiga ao som mais quedo,
E ao jardim – por entre o arvoredo –,
Eu confessava em verso todo enleio...
 
E tu comigo ali me consolava,
Na solidão enquanto eu escrevia,
E a lua lá na luz a mim beijava...
 
De ti guardo lembranças e momentos,
De dor, agrura e a doce alegria,
As intenções também todos intentos...
 
28/02-01/03/2009
 
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Gonçalves Reis
Enviado por Gonçalves Reis em 01/03/2009
Código do texto: T1464575
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