A mão do tempo
Sob a mão do tempo murcha a flor
Das ilusões da vida – esquecida -
Em sua completa e grande dor
Que a lida nem sempre é florida
E vaga no azul do vasto pincel
Em busca de uma sensível paz
E desce aflita ao largo do céu...
Chora o tempo: – Filha, sou teu pai!
Quis dizer-lhe da era em botão
De quando o vento vinha em brisa
Brotando amor em seu coração...
Que não deixasse a última flor
Ir-se! Que lesse a placa que avisa:
_ O tempo tudo acalma: Até a dor!