Renascendo em outros verões
Alma louca e tão sem juízo
Em estradas ilusórias e tão erradias
Volúvel, solta a mercê das ruas
Inutilmente sempre te preciso.
Alma simples, fecunda e casual
Tão tola, tão boba, tão sem crimes
Singela aurora em ser usual
Calada e quase nunca se exprime;
Alma profunda, alma quase rara
Em submundos de frias ilusões
Puro perdão, adornada de doçuras e cara
Alma repleta de vãs ilusões
De redenções, inundada de dores
Renascendo para sempre em outros verões.