Que eu morra na insignificância
Que eu morra no escárnio da insignificância,
No sepulcro incólume de minhas palavras,
Mas um dia alguém exaltará a importância,
Dos meus gritos no silêncio de minhas lavras.
A lembrança da mocidade então irá embora,
As pessoas recordarão de rebentos da infância,
E falarão eu bem sei do menino que outrora,
Soltava pipa e corria despreocupado sem ânsia.
E que hoje, tem em suas liras de um passado,
Um estro poético descoberto e muito ressoante
Nos discursos de bem querer ao ser amado!
E como muitos que se foram desconhecidos
Pela arte me entrego ao mesmo destino posto,
Que é somente depois de morto ser enaltecido.