E A VIDA CONTINUA...
Entorpece o dia nas sombras dos homens,
Apinhado de sonhos incomunicáveis
Daqueles que se foram inconsoláveis,
Presos em cada talhe de seus totens.
Dorme o dia, inconsciente, na seiva humana;
Sob a penumbra que envolve a consciência.
Demasiadas são as inércias em evidência
Que refletem a humanidade tirana.
Quem há de entender como o tempo passa?
Cumplicidade existe entre homens e horas?
O tempo flui na sua sequencia lassa.
E o dia, em cada mão, adormece sua história;
Rapazes e moças, senhores e senhoras,
Mais um dia sem novidade e sem glória.