OU
Às vezes, quando uma saudade aperta,
Minhalma foge ao infinito anil
E lá na imensidão, quando desperta,
Deixa rolar a lágrima sutil.
É uma dor que machuca em hora incerta,
De maneira brutal e muito hostil,
Que faz chorar mulher assaz liberta,
E homem entristecido e varonil.
É uma dor sem conforto e branquicela
Que se veste de luto e logo apela,
A derramar as lágrimas do amor...
Ou é o fantasma de um passado torto
Que ficou à distância, frio e morto,
Ou o crisol anímico da dor!