O SILÊNCIO DA BRISA
A brisa de onde vem? se a brisa cala,
nada me diz da vida, dos cenários
que fiz caminho em pensamentos vários...
A brisa dos cenários nada fala.
Sei que vem da saudade, que propala,
para formar de pranto os meus rosários,
cantigas d'além mar, ritos ladários,
chorosos como o vento que os embala.
Brisa indecisa, indiferente brisa
da rota dos adeuses, não precisa
calar, com seu silêncio, os belos ditos.
Brisa beata, qual diaconisa,
que somente saudade profetisa
sopra sonetos sobre os meus escritos!
Odir, de passagem
A brisa de onde vem? se a brisa cala,
nada me diz da vida, dos cenários
que fiz caminho em pensamentos vários...
A brisa dos cenários nada fala.
Sei que vem da saudade, que propala,
para formar de pranto os meus rosários,
cantigas d'além mar, ritos ladários,
chorosos como o vento que os embala.
Brisa indecisa, indiferente brisa
da rota dos adeuses, não precisa
calar, com seu silêncio, os belos ditos.
Brisa beata, qual diaconisa,
que somente saudade profetisa
sopra sonetos sobre os meus escritos!
Odir, de passagem