soneto no. 3
ILHA DA MADEIRA
Desta ilhota que é a pérola do Atlântico,
(Que o Infante havia visto em lindo sonho,)
Tristão e Zarco lhe deram fado e cântico,
E souberam do carvalho e do gronho,
Precisamente para as quilhas e bordas,
E mais sisal e cânhamo , para as tranças
A segurar âncoras por firmes cordas,
A fundear naus quando cessam andanças.
E assim se foi toda preciosa madeira,
Que a esperavam longas aventuras,
E em fortes e jeitosas caravelas,
Ora mar oceano, ora pela costeira,
No triste marujo que lembra daquelas,
Na saudade ou lágrima, rudes e puras.
ILHA DA MADEIRA
Desta ilhota que é a pérola do Atlântico,
(Que o Infante havia visto em lindo sonho,)
Tristão e Zarco lhe deram fado e cântico,
E souberam do carvalho e do gronho,
Precisamente para as quilhas e bordas,
E mais sisal e cânhamo , para as tranças
A segurar âncoras por firmes cordas,
A fundear naus quando cessam andanças.
E assim se foi toda preciosa madeira,
Que a esperavam longas aventuras,
E em fortes e jeitosas caravelas,
Ora mar oceano, ora pela costeira,
No triste marujo que lembra daquelas,
Na saudade ou lágrima, rudes e puras.