Sem compromisso
Espero ansioso o desenlace
Que o tempo não se encerre
Que não venha, nos enterre
Sem que veja a tua face.
Pois o espaço sendo aberto,
Nele cabem muitas tralhas
Sentimentos, roupas velhas,
Destroços, remorsos incertos
E os ossos que me carregam,
Vou abandonar decerto um dia,
Em algum buraco confortador,
Pois eles não mais me pertencem,
Delimitam o presente de euforia
E o futuro que pertence ao criador.