A chama e a vela
Uma chama que brilha num topo de vela
e que ostenta um fulgor que deslumbra e seduz,
quase nunca se lembra que a cor que revela
está presa naquilo que dá base à luz.
A incolor parafina – imóvel , não bela –
em segredo resguarda o que a chama traduz,
pois o fogo que baila em magia singela
embriaga a visão em vermelhos e azuis.
A existência da chama é ingrata e cruel,
parasita da vela que vai derretendo
assistindo à sua própria que aos poucos se escorre.
Mas a vida é assim, cada um num papel.
Uma chama prossegue insensível vivendo.
E exaurindo uma vela, ela mesma é quem morre.
Uma chama que brilha num topo de vela
e que ostenta um fulgor que deslumbra e seduz,
quase nunca se lembra que a cor que revela
está presa naquilo que dá base à luz.
A incolor parafina – imóvel , não bela –
em segredo resguarda o que a chama traduz,
pois o fogo que baila em magia singela
embriaga a visão em vermelhos e azuis.
A existência da chama é ingrata e cruel,
parasita da vela que vai derretendo
assistindo à sua própria que aos poucos se escorre.
Mas a vida é assim, cada um num papel.
Uma chama prossegue insensível vivendo.
E exaurindo uma vela, ela mesma é quem morre.