O Soneto da Lua - Clara

O Soneto da Lua

- Clara

Ocasos distantes de céus constelados

Da formação de uma noite nova

Adentrando perene e formosa

trazendo-nos a maviosa sensação dos amados...

Amados aqueles, pelo corpo d’um outro

Cujos deitados transmitem-se o candoroso

Resplandecer cálidos no abraçar, morosos

de brilhar juntos feito ouro.

Oh divino respirar do opúsculo!

Deita-nos sobre o corpo a fina, diáfana

Luz da lua, linda, calma

A qual trás para nós o findar do crepúsculo

Com o seu doce, cândido carrara

Tênue e recôndito descansar da alma!