Réu do amor
O amor é como um mel,
Do qual podemos nos lambuzar,
Ou ser amargo como um fel,
Se correspondido não se está.
Ele é como um carretel,
Que com ele podemos desenrolar,
A linha para se fazer um véu,
Para uma noiva o arrastar.
Se do amor fostes um réu,
Iria sempre se deixar,
Se envolver em um escarcéu.
Para ao amor se atracar,
Seria como estar no céu,
E dormiria para sonhar.
Brasília, 10/07/97