IRMÃ DE ESTRELAS

No vago instante em que minh’alma voa,

Rujam os ventos ou gorjeiem as aves,

Teu nome no infinito já ressoa

Como poesias clássicas e suaves!

E as estrelas silentes - numa boa -

Tuas irmãs... Esperam-te em conclaves,

Mas, a lua nervosa não perdoa

A tua ausência... Cobra em faltas graves.

Não vai teu corpo aonde vai teu nome

Porque a Terra reclama e diz ter fome

De teus encantos, graça e simpatia.

Fica na Terra, doce irmã de estrelas,

E no céu engastadas quando eu vê-las

Lembrar-me-ei de ti... Com alegria!