O dragão e a lança
Natureza onde tudo se transforma,
Esperança que o ódio vire amor,
E o amor, sendo sublime, como norma,
Possa estar no ato belo e criador.
Pois que a vida não é só encher a pança,
Excretar seus eflúvios e cair na dança,
Fugir das tempestades, ir na bonança,
Ver morrer o dragão e cravar a lança.
Cai o castelo de cartas com o vento,
E só o trabalho pode aliviar
As dores do presente nascituro,
O trabalho de todos que é bento,
Social para todos saciar,
O ódio vira amor lá no futuro.