QUE NÃO MORRAM OS SONHOS
A Rodrigo de Salles Brasil, que não quis (ou não soube, ou não pode) sorver o néctar da vida – o sonho.
A luz brilhava na estrada
Por onde – moço – passei;
Por sonhos iluminada...
E afoitamente viajei.
Na ânsia desta jornada
Muitas rampas escalei,
Espinhos de ponta afiada
Com os pés descalços pisei.
Hoje chego ao fim da estrada
Sem querer flores nem festa.
Basta-me, ao fim da caminhada,
Ver, em pequenos tamanhos,
Na pouca luz que me resta,
Ainda luzir alguns sonhos.