A MULHER QUE FICOU NA TAÇA

Ao permanente delírio me entrego,
Sinto que não tenho mais teu amor.
Amei demais, e já experimento a dor,
de perdê-la. A que extremo eu chego.

Jamais pensei que seria tão difícil.
Mas a tardia hora chegou para mim.
Espero agora somente pelo meu fim.
Esquecer-te não será uma tarefa fácil.

Foi curta demais esta minha ilusão,
minh’alma despede-se de ti, ó mulher
que habitava dentro do meu coração.

Vais ficar na taça de um bar qualquer...
Consola-me apenas os acordes do violão.
Bebendo sozinho, ou com quem quiser.

Marco Orsi