Versos Bárbaros
O amor roubou-me a razão, corroeu meu peito, lançou-me ao chão
O amor tirou-me as escolhas, fechou as janelas, abriu-me uma porta
Lançou-me por ela, de encontro aos teus braços, sem hesitação
Caí por terra, quando vi que em teu lugar jazia, a ultima esperança morta
O amor parasita, preencheu todos os espaços do meu coração
sugou-me a vida, todos os sonhos, e o ar que agora me falta
Lancei-me no fogo ardente, dos vinhos, da fumaça e da paixão
No colo das perdidas adormeci, ainda ébrio, esperando a tua volta
O amor, este veneno doce que sorvi dos lábios de uma flor tão bela
Inebriou-me, me levou a loucura, a desejar-te mais a cada noite
quando olho o céu escuro, esperando coragem, para saltar da janela
O amor levou-me o sono, e trouxe o teu rosto que vejo em toda parte
Posso ve-los em minha mente, queimando como fogo de vela
O amor corroeu-me vida e onipotente, corroeu também, o medo da morte