Duas almas
Duas almas
Olhem para o prado, lindo verdejante
Sintam no ar o cheiro, a capim molhado
Vejam ao fundo o rio, fresco ondulante
E dois corações batendo lado a lado
Uma égua correndo, e relinchando
Com seu potro branco, sempre á sua beira
Felizes, alegres sem dono, saltitando
Sentindo o mundo, livres, desta maneira
Eis que o homem, um bicho inteligente
Sem saber quanto mal ao mundo vai fazendo
Tenta agarrar, separar, indiferente...
Estes corações, que se amam com coragem
Porque o faz e destrói, eu nunca entendo ...
Porque quando alguém nasce, nasce selvagem !