Soneto da desilusão
Ah, quantas alegrias, quanto riso
Passaram-se aqui, entre estas paredes;
Festanças, muitos beijos, pouco siso
E o som do nosso amar - canção das redes.
Dos filhos que vieram nem preciso
comentar...Isto foi um paraíso!!!
Hoje é a solidão que agora vedes.
O destino lançou-me as suas redes.
A vida colorida, que era festa
Sumiu como fumaça. E só me resta
Um fantasma morando em minha mente,
Torturando-me, sádico, inclemente.
Por isto, meus amigos, eu vos digo
Que aqui já houve um lar. - Hoje é jazigo.