Pecado no paraiso
Pecado no paraíso
A aragem gemia nas folhas do coqueiro
Sob a luz complacente da noite estrelada
O olhar lânguido, preguiçoso e matreiro
Pousava suave na silhueta vislumbrada.
Borboletas esvoaçavam coloridas na calada
A grama úmida exalava parco e doce cheiro
No vai e vem de suspiros na madrugada
A musicalidade o vento ditava como roteiro.
Pingos de orvalho umedecem minha pele suada
O venta acaricia meu rosto morosamente
O luar banha-me no esplendor da alvorada...
Olhos nos olhos, boca de beijos impregnada
Pecado no paraíso, poesia no semblante e mente
Sonho e realidade, loucura na posse sonhada.
Norma Bárbara