Alucinação



Criei tua forma, crivada e distante...
De coração em estado incrível!
Qual crisálida do mundo invisível
A tua imagem é um cristal constante

Cometi algum crime, doce amante?
Agora já estou numa cripta impossível;
Verto uma lágrima indescritível;
E sou alvo duma crise delirante!...

Meu espírito é cristalino e espacial,
Vivo uma autocrítica presente.
No entanto tenho o teu rosto genial!...

Morrem as células do meu corpo...
Louvo a lucidez da minha mente;
Estou preso... meio vivo... e meio morto!


Ribeirão Preto, 21 de março de 2003.
18h53 min.
Machado de Carlos
Enviado por Machado de Carlos em 13/02/2009
Reeditado em 19/02/2012
Código do texto: T1437796
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.