Abandono

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Lágrimas malditas neste velório!...
Intermináveis lembranças fúnebres...
Rivalidades orais... — Fora oratório!...
—Pai, afaste de mim esta onda lúgubre!

Alma chegaste no momento púdico;
Criaste-me com verbos compulsórios;
Abri o coração como se fora público,
Com sentimentos assaz notórios.

Canto e choro nesta balada poética.
Oculto a face, numa expressão ética,
E em gesto de esforço, não sou polêmico.

Atinjo a razão no instante réquiem;
Como alado em movimento alígero,
Espero o encanto do castelo edênico.

Ribeirão Preto, 10 de março de 2001.
15h30 min.