Soneto ao Teatro

No piso escuro de madeira nobre

- Entre vãos delírios soltos e irreais -

Eles largam o corpo em verdades, tais

Prisioneiros natos numa forma livre.

Livre logo então! Para que te logre

A beleza simples dos memoriais,

Para que te vejam os olhos imortais

De Sófocles, Molière, Nelson, Sartre...

Ascendendo a essência no primeiro ato,

Donde pendem os risos da comédia

Eles resurgem, como corressem os anos

- Corridos mesmo por detrás dos panos -

a fazer-te crer que se vê tragédia,

Esquecendo que se vê Teatro.

Ie
Enviado por Ie em 13/02/2009
Reeditado em 13/02/2009
Código do texto: T1437727
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