Soneto ao Teatro
No piso escuro de madeira nobre
- Entre vãos delírios soltos e irreais -
Eles largam o corpo em verdades, tais
Prisioneiros natos numa forma livre.
Livre logo então! Para que te logre
A beleza simples dos memoriais,
Para que te vejam os olhos imortais
De Sófocles, Molière, Nelson, Sartre...
Ascendendo a essência no primeiro ato,
Donde pendem os risos da comédia
Eles resurgem, como corressem os anos
- Corridos mesmo por detrás dos panos -
a fazer-te crer que se vê tragédia,
Esquecendo que se vê Teatro.