LAMENTO

LAMENTO

Sônia Sobreira

Nas tardes silentes, ouço o lamento

do vento, que passa sem direção,

trazendo mágoas e por um momento,

eu sinto que chora o meu coração.

Nas tardes silentes, ouço o lamento

da chuva a cair batendo no chão,

trazendo um sonho que ainda acalento,

guardado no peito, em doce ilusão.

Assim, nessas tardes, rimo meus versos,

tentando escrever meus tristes reversos,

que só um poeta consegue entender.

E nesses versos que faço silente,

sinto a saudade, voltar novamente,

nas horas tristonhas, do entardecer!