SONETO DA VIGÍLIA

SONETO DA VIGÍLIA

Não tenho estantes e não tenho livros.

De sábios pouco sei do que ensinaram

e tantos sonhos que eu sustento vivos

foram por mim apenas que sonharam.

Houve sonhos de impulsos instintivos

houve contos de fadas que passaram.

Houve os casos de amores impulsivos

que as vigílias da insônia me falaram.

Reteso meu amor e amor me acalma

embriago-me de sonho e dou à alma

momentos de prazer que ela merece.

Não preciso de nada além do instinto

de me saber de amor um ser faminto

e lúcido do amor que me enlouquece...

A. Estebanez

Afonso Estebanez
Enviado por Afonso Estebanez em 09/02/2009
Código do texto: T1430702
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