SONETO DA VIGÍLIA
SONETO DA VIGÍLIA
Não tenho estantes e não tenho livros.
De sábios pouco sei do que ensinaram
e tantos sonhos que eu sustento vivos
foram por mim apenas que sonharam.
Houve sonhos de impulsos instintivos
houve contos de fadas que passaram.
Houve os casos de amores impulsivos
que as vigílias da insônia me falaram.
Reteso meu amor e amor me acalma
embriago-me de sonho e dou à alma
momentos de prazer que ela merece.
Não preciso de nada além do instinto
de me saber de amor um ser faminto
e lúcido do amor que me enlouquece...
A. Estebanez