INOCENTE POR OPÇÃO
Ah, quanta sorte e milagres espero
Nem os acasos me acudiram um dia
Tudo que quis e até hoje eu quero
Não tenho da vida qualquer simpatia
Assim é sofrível viver esperando
Segue a morte que mais se aproxima
E essa vil espera vai me enterrando
De cabeça pra baixo e pernas pra cima
Escrevam na lápide o que tem sido
Entregue ao tempo minha existência
De sofrimento e sem sentido
Que a inércia sem muita decência
Nada não fez a não ser me traído
Após seduzido toda minha inocência