Contradição
Não sei mais como agir. Juro que não!
Sempre me flagro encarando o chão denso,
Onde me perco na minha mente, e, aí, penso
De modo a não dar azo à emoção.
Por vezes, vou desistir... Mas, então,
No choro mais sincero, uso outro lenço;
Pra suprir teu ímpar cheiro, pego incenso...
E assim vou aquietando essa paixão.
Com outros, uma chance é o que precisas.
Mas, comigo, pegas meu amor e pisas
Com teu desejado e adorado salto!
Ódio me segue, porém logo estremeço:
És tu o som ao qual mais tenho apreço,
No último tom, no volume mais alto!