POETICAmente MORRER!


 
Da morte conheci diversos odores
E seu caráter latente e traiçoeiro!
Acobertada pelo pranto ou flores
Mergulho final num denso nevoeiro!
 
A morte ronda com líricos pendores
Indistinguível qual o sol em janeiro!
Traz à nossa face múltiplos temores
E inevitável desde o instante primeiro!
 
Na aproximação mostra-nos mágicas cores
Enxerga-se o portal do viver verdadeiro!
Não mais importa a razão dos dissabores
 
Descobre-se o sentido de amar por inteiro!
Desfaz perfis assumidos e impostores
Para alçar porvir de vibrante luzeiro!