MENOPAUSA (Sem métrica)
MENOPAUSA (Sem métrica)
Quem diria de novo ataque de menopausa,
A mulher carinhosa e meiga, bicho doido vira.
Transferindo a mim motivo de toda a causa.
Sem menor constrangimento sempre atira.
Deposito de ódio incontido irracional,
Esquece das vezes mil que lhe dei a mão.
Rotulando-me como mais temido animal,
Liberando as mágoas do fundo do coração.
Deixa estar companheira maldosa e ingrata.
A vida tem seus caprichos a lhe ensinar,
Hoje me pisa humilhando insensata...
Escondendo na ira a quem soube lhe amparar,
Com toneladas de rancor condena e mata,
O amor eterno enquanto pude lhe amar...
Goiânia, 20 de setembro de 2000.