Do que não se diz(?)!
Um sopro de asas, pássaro mais lindo,
Sentia sempre, aqui, à minha janela!
E assim, era, mas...: "Ser que se revela,
S'indo, é pássaro, seja mulher, vindo",
Pensava apenas, tísico romântico!
E o pássaro cantava-me: – Erro quântico
(Uma coruja?), Pobre homem! Até
Que eu disse, um dia: – Voe e volte envolto
Em neblina sutil que, assim, impeça
De ver sob os lençóis, animal solto,
Um traço de quadris mais que depressa!
E crede, Leitor (de ótimo rol)! Vede:
Hoje, eu durmo de cama, não de rede
(De rolo, não, que lembra o toilet)!
a 30/01/09