DA HUMANA CONDIÇÃO * Neste chão

Não canto, porque não quero,

nem filhos de algo, nem clero.

Poeta, filho do vento,

invento os meus pergaminhos!

Que fiquem, por testamento,

ao pó de incertos caminhos!

Poeta sou, panteísta!

Acima de mim permito

apenas quem, alquimista,

poemas faz de infinito.

Poeta sou, neste chão!

E canto como quem lavra

uma promessa de pão

suado em cada palavra...

José-Augusto de Carvalho

17 de Abril de 2006.

Viana do Alentejo * Évora * Portugal

José Augusto de Carvalho
Enviado por José Augusto de Carvalho em 20/04/2006
Reeditado em 28/12/2018
Código do texto: T142287
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2006. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.