SONETO n.38
O TROCO
(sem piedade)
(soneto n. 38)
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Trago - de ti - só mera lembrança
daquilo que nós vivemos um dia...
Não ofereço nenhuma esperança
ainda que possa ver a tua agonia.
*
Eu joguei fora a tua linda aliança,
o elo que ainda, a ti, me prendia.
Ah! mas basta de destemperança,
basta de usarem minha bonomia!
*
Agora eu sou mais forte e plena
do que quando tu partiste a rir...
Choras?! Pois permaneço serena.
*
Não ouvirei nem ais, nem tua prece.
Hoje o teu troco é esse meu sorrir -
e agora vás, não te quero. Esquece!
***
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3 de janeiro de 2009
Obs: apenas poesia