ÉS

És a diva de esplêndido bailado,

És uma deusa do celeste mundo.

És a musa do poema bem rimado,

És a princesa deste amor profundo.

És a doce rainha no palácio

Do meu humilde e triste coração.

De minha vida, no livro, és prefácio,

És um anjo no céu da imensidão.

És uma flor no meu jardim divino,

És meu sonho dos tempos de menino,

És a pura beldade, a mais sagrada.

És a santa mais linda de um altar,

És a estrela do céu, sempre a brilhar...

E eu? Oras! Eu! Eu não sou... Não sou nada!