FOME DO LIXÃO
"para meus filhos não morrem de fome,
comecei a pegar alimentos do lixo."
Come filho ou jogarei no lixo
este feijão não te alimenta hoje
tudo na mão na boca que nunca beije
face da ilusão em teu corpo baixo
Quando vai crescer neste mundo de cristal
escola a noite é cara tarde raiva
minha culpa por ser assim escravo da
cultura de arte que te levará ao mal
Um prato seu alimenta famílias
tu vê tudo mas desconhece a verdade
a dor que me invade vem do que filia
teu lixo não vem da parte vem do todo
queria que fosse o herói não o covarde
o modo mais fácil nunca é o melhor modo.