SONETO DAS ÁGUAS
A fonte de águas cristalinas irradia
Rara beleza, das tantas sem igual
Sem cor, odor apenas líquido todo dia
Sempre as intensas noites de lual.
Nela, refletido o céu, tapete de estrelas.
Iluminadas pela luz da lua, num clarão
Suspiro profundo, acorda a vontade tê-las
As águas dançam o ritmo do coração.
O belo corpo exposto recebe os carinhos
Das águas, escorrem admiração, à beleza
Tocam arpas, com asas brilhantes os anjinhos
A melodia, a vida, o luar, a natureza
A fonte, lençol de águas, cobre os caminhos
Para as flores acordarem no acorde, com leveza.
03/02/2009
Sonia Barbosa Baptista