Soneto da Saudade
Quando cai a tarde e o sol, ao se ir,
Se despede da gente no poente,
Que vontade enorme de lhe pedir
Que leve toda a saudade da gente!
Mas, se lhe peço, é porque o partir
Do sol, me lembra os adeuses dolentes
Que nunca me deram, nem nunca vi,
Dos amores que partiram silentes.
E agora, que de novo vejo a tarde
Já se esvaindo no fundo horizonte,
Canta o poema o receio que me invade:
Que tua hora de partir não me contes
E, súbito, te tornes a saudade
Que nas Ave-Marias me desponte!
Quando cai a tarde e o sol, ao se ir,
Se despede da gente no poente,
Que vontade enorme de lhe pedir
Que leve toda a saudade da gente!
Mas, se lhe peço, é porque o partir
Do sol, me lembra os adeuses dolentes
Que nunca me deram, nem nunca vi,
Dos amores que partiram silentes.
E agora, que de novo vejo a tarde
Já se esvaindo no fundo horizonte,
Canta o poema o receio que me invade:
Que tua hora de partir não me contes
E, súbito, te tornes a saudade
Que nas Ave-Marias me desponte!