SOMBRAS DE PAIXÃO


Saudade da paixão quase incontida,
que meus ais já não se ouve, não se escuta.
Calada diante da dor noturna,
em sombras, vou dando conta à vida.

Por que a enfermidade enfurecida,
tira desta alma a tranquilidade,
será por indiferença, ou por maldade,
fazendo a existência endurecida.

Não sei por onde andas, peregrino,
teu retrato é tudo que me resta...
Contemplo teu semblante de menino.

Em sonhos, cada noite e cada dia,
indago no entreabrir da janela...
Se tua paixão é tão forte, quanto a minha.



Elen Botelho Nunes
Enviado por Elen Botelho Nunes em 01/02/2009
Reeditado em 02/02/2009
Código do texto: T1416985
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