O SOLDADO ABANDONADO - Soneto

Sou, de Cristo, o soldado abandonado,

Nessa batalha entre Deus e o diabo,

Moribundo aguardo da vida, o cabo.

Esse filho, agora, amaldiçoado

Por pastores que em mi’a mesa comiam,

Por muitos irmãos que em mi’a casa entraram.

Tropecei e caí. Rindo, eles zombaram

Incompassíveis a queda que viam.

Anunciam o amor que não praticam,

E em Egrégios Concílios prevaricam;

E eu transgredi, meu Pai, por muito amar.

Se moribundo aguardo nesse chão;

Do Cordeiro, a sua declaração:

- Não pequei, mas morri por muito amar!

Moses Adam

F.V. 01.11.2008 – 23h00