ANJO MUITO DOIDO
Pelas penas que flutuavam no céu,
Que não flutuavam no céu por acaso,
Fiz remendo do maluco ego meu
E completei com o torto do embaço.
Ao apagar as reflexões dos contrários
Rebentou-me pureza no incidente
Longos rios de vândalos calvários
Ásperos insurgiram, continuamente
Mas não remei na correnteza vigária
Projetei pândegos arcos luminados
Atracando em profundeza hilária
Ora, se iria deixar cais entrementes
Viajar não leva tempo, só tóxicos
Na fissura dos mais independentes.