Sala vazia
Ah um silêncio frio, indiferente,
um inverno interno a voar .
Sombras, uma imagem aparente ,
nesta sala vazia, oca, sem ar .
Paredes nuas de palavras mornas,
plenas de arrepios nos pés gelados ,
rimas que estalam nas lareiras ,
brasas, cinzas por todos os lados.
Ausente os sons que acalentavam.
Silenciosa, espero um rastro de sol,
tempos que as janelas se abriam ...
Quero verso nas veias, na pele gelada ...
aos poucos sentir aquecida, encoberta
com o fogo da criação recém nascida.
30/01/2009