A mulher triste
Tere Penhabe
Ela foi doce um dia e ainda sorria...
A ruga tatuada no seu rosto,
Não chegava a estampar melancolia,
Era somente o seu passado exposto.
Mas se afundou na errata da euforia,
De cultivar talvez, mágoa e desgosto,
Sem perceber que o mundo lhe fugia,
Como foge das tardes, o sol posto...
Essa mulher seguiu perdendo o riso,
Mucama da suposta perfeição,
Cada vez mais, demais, triste e sozinha...
E sem noção sequer do prejuízo,
Abraçou forte a própria rejeição,
Na cansativa e eterna ladainha...
Santos, 27.01.2009.
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