Ao Valentine
Desperta, certa vez, tal'Eu sem voz!
E a tom(b)ar sua máscara de gueixa,
Já o dramático ao lírico se queixa,
Rindo: – É melhor... – O cômico: – ...sem vós!
E range a amada seus (mar)fins, feroz,
Grunhindo palavrões de febril queixa,
E a gritar que o talento(?) vai e deixa
A quem não mereceu! Porém, a sós,
Beijo os pés, ergo aos céus, remo em barquinhos...
E ao dar por mim, são muitos (s)eus sozinhos:
Irmãos – Vultos de névoa em labirinto!
"Será de sarau o dia (ou serenata)?",
Indago a mim, e escrevo à (musa) ingrata:
"Mais forte que as palavras é o que sinto!".
a 16 de Dezembro de 2008