ENTRANHAS

Os dias vêm e com eles o insano

De procurar um porto, algo que amarre

Das idéias loucas, algo que afague

Inquieta alma de perfil mundano.

Quisera ter algo que apague

Da memória triste a dor do dano

Do amor breve, quase profano

Minha tortura que para alguém se abre

E da desordem que se faz lei na mente

Há uma luz que sinaliza a calma

A esperança é porto, a acolher tristeza

De tantos prantos à destilar beleza

Ao que foi fruto da perdição da alma

Na pura essência de quem se sabe gente.

Anadijk

Hoten, 29/janeiro/2009

Anadijk
Enviado por Anadijk em 29/01/2009
Código do texto: T1410676
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