Soneto de ruptura
Não obstante, mais uma vez cá estou
Nas entrelinhas dum mero poemeto
Execrando as juras que enfim prometo
Exagerando no que digo e no que sou
Alimentando a descrença nesta febre
Que regurgita cada boca poetizada
Tais logros que na poesia execrada
Me fazem como uma fugitiva lebre
Não rio desses infortúnios regrados
Onde sílabas são medidas ao extremo
Já que meus sonhos são bem fixados
Somente observo, como um ser alado
Nada me afugentará, nada temo
Pois as letras me querem ao seu lado