Soneto de ruptura

Não obstante, mais uma vez cá estou

Nas entrelinhas dum mero poemeto

Execrando as juras que enfim prometo

Exagerando no que digo e no que sou

Alimentando a descrença nesta febre

Que regurgita cada boca poetizada

Tais logros que na poesia execrada

Me fazem como uma fugitiva lebre

Não rio desses infortúnios regrados

Onde sílabas são medidas ao extremo

Já que meus sonhos são bem fixados

Somente observo, como um ser alado

Nada me afugentará, nada temo

Pois as letras me querem ao seu lado

Eder Ferreira
Enviado por Eder Ferreira em 28/01/2009
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