SAUDADE, POETA...SAUDADE!



Sentado no banco à beira espraiada,
óculos na face, semblante calmo...
Vislumbras onde está a paz, teu palco...
Em meio ao céu de estrelas desbotadas.


Levastes contigo, inspiração e amor,
que cantastes em versos e prosas,
Deixastes poesias, que são tão nossas,
para aliviar a saudade, essa dor...


Decerto onde estás há luz e poesias...
Há aves, mares, estrelas, lua e amores,
inspiração, cores, paz, há alegrias...


Nós poetas, aqui na mesma praça,
transformamos em versadas dores,
os amores, que espalhastes na estrada.


Poeta Oklima e seu talento.


SONETANDO CARLOS DRUMMOND POEMA DE SETE FACES


Quando nasci, um anjo torto disse:
Vai ser gauche na vida, Carlos, vai!
As casas vêem os homens, a quem sai
atrás de outra mulher, na malandrice.


O bonde passa. Pernas. Que doidice!
Para que tantas pernas, ó meu Pai?
Meus olhos vêem, a mente me abstrai.
Brancas, pretas, rosadas, quantas visse!


O homem do bigode sabe e pode.
O homem atrás dos óculos, do bigode.
Meu Deus, por que me negas tua mão?


Vasto mundo! Raimundo eu me chamasse,
seria rima e seguiria o impasse.
Mundo vasto. Vasto é meu coração
!


Odir, de passagem pela homenagem ao Imenso Carlos Drummond de Andrade, da doce poeta Elen.
                                    Obrigada Odir.


Elen Botelho Nunes
Enviado por Elen Botelho Nunes em 28/01/2009
Reeditado em 30/01/2009
Código do texto: T1409946
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