DEBANDADA (Alexandrina)
DEBANDADA
Eu queria que nosso amor fosse eterno, queria,
Impossível, vejo desde o primeiro instante,
Quando eu falava alguma coisa com alegria,
Você não se fazia de rogada, arrogante...
Convidava p’ra sair de noite, preferia,
Só para outra vez me contrariar novamente,
Escolhendo aceitar, mas só para sair de dia...
Não justifica o porque absolutamente.
E quando estou a admirá-la na lua cheia,
Aos quatro ventos reclama sem explicar,
Continua apelando que mania feia.
Melhor mesmo com esse hábito acabar,
Mas querida, sabendo que eu vou sofrer, creia,
Vamos cada um para o seu lado debandar.
Goiânia, 12 de abril de 2004.